sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Eu sei...


... que não é a mesma coisa. Mas, valha a verdade, desde 24 de Novembro de 1991 nunca mais seria e nessa altura eu era demasiado novo para ter tido a hipótese de os ver em todo o seu esplendor.

E se é para rebentar a carteira este ano e perder dois rins, um fígado, um pulmão e meio intestino delgado então este concerto vem na altura certa. Porque no fim de contas, só se vive uma vez.

Na saúde e na doença...


... mais acordada ou mais adormecida, esta bichana é uma porreira, pá.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

KO

Fevereiro é claramente um mês que se está a tornar incompatível para eu treinar. E já agora, para eu fazer a minha vidinha normal. Se no ano passado tive uma lesão mal curada que me obrigou a parar, este ano é uma bela de uma infecção respiratória/gripe que me deixou ko. Valeu de muito ter-me baldado a uns treinos porque estava frio e mais-não-sei-o-quê... 
 
Desde 5a feira que a coisa não estava bem, começou com fortes dores de garganta e prolongou-se por 6a feira. Achei eu que dois dias em casa mais o fim de semana para descansar era suficiente, mas percebi que não quando no sábado o meu corpo fez shutdown. De que forma? Ora vejamos, acordei pelas 10:30, forcei-me a tomar pequeno almoço para fazer medicação, deitei-me no sofá e terei passado ligeiramente pelas brasas. Forcei-me novamente a comer uma espécie de almoço pelas 15:00 e passei pelas brasas novamente no sofá até próximo das 18:00. O subconsciente sabia a que horas jogava o Benfica, pois claro. Ouvi o relato da primeira parte pela televisão, porque não conseguia sequer ter os olhos abertos para ver o que se passava e fui, muito relutantemente, enfiar-me na cama pelas 19:20. E o meu excelentíssimo smartwatch não mente... Dormi das 19:25 até às 10:58 da manhã seguinte. Nem queria acreditar quando por acaso fui ver os registos... Quantas horas dormi eu no total no sábado? Dezasseis horas e trinta e quatro minutos! Mais minuto, menos minuto...!

Domingo foi um misto de me sentir melhor com andar brutalmente zonzo sempre que me mexia. Efeito natural de não ter apetite e sentir náuseas vs não ter feito uma refeição decente no dia anterior.

Hoje de manhã vim ao centro de saúde e ainda antes da consulta consegui ter dois momentos cliché: um gato preto atravessou-se à minha frente enquanto estacionava e logo a seguir parou uma carrinha de uma agência funerária ao meu lado. Credo!

No meio disto tudo deu para ter sonhos (chamemos-lhe assim) em que gente indesejada comparecia em peso no nosso evento da equipa no domingo de manhã (ao qual eu faltei, obviamente) e outro em que fiz 42:27 numa prova de 10km que fiz no domingo algures em Lisboa e na qual só sabia que estava inscrito no dia anterior. E eu até poderia ter feito o GP de Algueirão no domingo onde estava inscrito por fazer parte do troféu das localidades, mas no sonho não foi nessa. Qual gel, qual quê? Vou passar a fazer provas à base de Griponal que isso é que dá power (e algumas alucinações)!
 
Agora vou ali descansar mais um pouco que estar ao computador ainda me dá algumas dores de cabeça, mas the show must go on e há inscrições para validar e um evento para promover, para além de outros afazeres do mundo do running não relacionados com a equipa. Pelo menos as dores musculares pelo corpo todo estão a desaparecer gradualmente. Pudera, corri que nem um louco naquela prova, era natural ter ficado com mazelas.

Voltarei em breve para ver as novidades dos vossos cantinhos. Não escrevam demasiado entretanto, ok? E se alguém encontrar a classificação da minha prova de domingo, vejam lá se ganhei alguma coisa no meu escalão, por favor. É que eu acordei tive que sair antes de chamarem o pessoal ao pódio.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Do fim de semana passado

Gostava de ter feito a minha estreia na Meia Maratona de Cascais. Ainda não foi desta. Continuo com uma espinha na garganta chamada 20km de Cascais onde estive presente duas vezes e em nenhuma delas fiquei satisfeito com a minha prestação final. Um pouco como acontecia com o Fim da Europa. Pelo menos no ano passado não fui por lesão e este ano não fui por opção.

Surgiu então a possibilidade de ir em trabalho. Ou em "trabalho", carolice, chamem-lhe o que quiserem, mas essa hipótese caiu por terra a meio da semana. Não fui, pronto. E no domingo à noite estava a ver em loop as fotos (que podia ter sido eu a tirar) da prova e a descobrir amigos e caras conhecidas que estiveram presentes. Para o ano não pode falhar. Mesmo!

Não havendo prova no domingo autorizei-me a abrir uma garrafa de vinho no sábado. Se é certo que estou a falhar redondamente no desafio de atravessar o mês de Fevereiro sem açúcar, já há muito tempo que tem sido raro beber algo que não seja água - ou uma Coca-Cola Zero lá pelo meio para matar o desejo. Tendo em conta que só aos fins de semana é que cometia um desvario destes, agora o mais normal é pensar que "ah e tal, tens prova amanhã, guarda isso para depois da corrida". Sábado lá meti uns quantos graus no bucho:






Ora, não ter prova no domingo não significa que não se corra. Assim sendo, fiz-me à estrada com o desafio de correr uma distância maior do que a graduação do Vila Ruiva. E consegui.



Por este prisma é beber uns shots valentes de Absolut Vodka antes da Maratona do Porto.
Tem quarenta graus, caso se estejam a perguntar.

É certo que fiquei ainda longe da Meia Maratona, mas como às vezes sou masoquista fui fazer recuperação activa e eliminar o ácido lático de tarde no... IKEA. Minha amigas e meus amigos, muito arrependido estou por não ter metido o relógio a contar, tal foi a velocidade a que aqueles corredores labirínticos foram ultrapassados! Sinto que nunca passei tão pouco tempo às compras lá dentro. E consegui sair de lá apenas com mais dois pequenos artigos do que originalmente planeado! Isto é quase como ganhar o EuroMilhões! Vocês sabem do que eu estou a falar, não sabem?

Missão cumprida! A Bia tem um cantinho novo só dela no móvel da entrada!

Fevereiro tem sido um mês historicamente complicado para mim em termos de treinos e confesso que à mais pequena oportunidade opto por me baldar... mas por outro lado quando vou é para treinar a sério. Também ajuda o facto de ainda ter alguma margem de manobra até às provas onde quero mesmo fazer boa figura. Se é para estar mais calão que seja agora porque, deixa cá ver... assim de repente a próxima prova na qual estou muito focado é daqui a cerca de duas semanas, no dia 1 de Março!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Seriam 30


De vez em quando vou espreitar o teu sorriso radiante e doce que me faz lembrar a maneira simples como encaravas a vida apesar das circunstâncias. Esse sorriso alegre que me inspira (a mim e a tantos outros que acompanharam o teu percurso) a viver a vida tal e qual como ela é, independentemente de tudo o que aconteça. Porque a luz que irradiamos irá para sempre iluminar o nosso caminho.
Merda para as doenças de merda.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A minha vida desde sábado e nos próximos tempos...

...vai ser um copy/paste de:

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição (quase) confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição (quase) confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

Inscrição confirmada.

A sua inscrição está confirmada. (...) Esperamos por si (...) Consulte o regulamento para mais informações (...) Não é necessário imprimir este e-mail. (...).


E sabem que mais? Já tinha umas saudades do catano disto!!

Frio

Sim, está frio... mas não e razão para tanto drama, ok? Tens mesmo a quem sair, pa!



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Fim da Europa 2018

Bem, com tanta coisa que se tem andado a passar à minha volta quase que deixava passar o relato daquela que aos poucos foi passando a ser umas das minhas provas favoritas do calendário: a Corrida Fim da Europa.

Fui lá em 2016 um bocado a medo e a coisa tinha corrido mal com a entrega dos dorsais.
Regressei em 2017 meio lesionado e depois da prova acabei por ter que parar um mês para recuperar.
E tirei a barriga de misérias este ano. Fui lá cheio de fé para "partir aquilo tudo"!

Há qualquer coisa nesta prova e no ar da serra de Sintra que me fez passar de um discurso de "ah e tal, vou lá uma vez só para marcar com um visto a prova do calendário" para "já cá vim 3 vezes seguidas e já estou ansioso pelo próximo ano!" Não é uma prova fácil, tem uma logística complicada inerente ao facto de começar num sítio e terminar noutro a 17km de distância, mas o que é certo é que é um desafio fantástico que me continua a cativar. Já posso dizer que tive finalmente uma prova verdadeiramente feliz em Sintra, porque para além do Fim da Europa a outra que lá tinha feito... Credo, agora que olho para trás há imensa coisa que começa a fazer sentido.

Fui novamente com alguns colegas de equipa e eu era o único que já tinha feito a prova e sabia exactamente ao que ia. Tentei, por isso, transmitir-lhes a dureza e beleza do percurso, os pontos críticos e as alturas mais tranquilas onde podiam arriscar mais. Fico muito contente também que todos, sem excepção, tenham ficado fascinados com a prova e queiram voltar para o ano para repetir já com um melhor conhecimento do trajecto para melhorarem o seu desempenho. Foi precisamente com esse objectivo que eu lá fui no domingo.

Antes da prova tive vários momentos de felicidade que me ajudaram a descontrair. A cada cantinho encontrava uma cara conhecida: o Rúben (que eu encontro sempre em todas as provas assim que chego à zona da partida sem nunca combinarmos um ponto de encontro para darmos um abraço), o Rui, a Filipa, o Mário e mais malta porreira, amigos de muito longa data e companheiros de estrada. Mas o ponto alto estava precisamente naquilo que quase que se tornou no primeiro encontro organizado de bloggers de corrida de Lisboa e arredores. Deu-se a coincidência de eu, a Agridoce, a Fabiana e a Mafalda estarmos ao mesmo tempo no mesmo espaço e na mesma prova. E obviamente que nos encontrámos, apesar de não termos tido a possibilidade de fazer uma foto de grupo para a "prosperidade", como muito alegremente diria uma amiga minha. Foi muito fixe (re)ver ao vivo e a cores esta malta toda e ter tempo para conversar um pouco, tanto no início como no final da prova. Temos que repetir, ok? E juntar ainda mais malta, já agora. (Por falar nisso, oh Vonita, como é que é possível que ainda não tenha sido desta?!? É nos Sinos?) 

Pronto, se calhar está na hora de começar a correr e pelas 10:00 em ponto lá fomos a serpentear por Sintra acima naqueles primeiros quilómetros sempre a subir. Malandros, é só para estragar logo a média de uma pessoa.




Eu sabia ao que ia e subi nessa fase com muita calma sem me querer cansar e sem stressar com o ritmo porque a única coisa que queria era fazer o mais próximo possível dos 7:00/km. Depois veio a parte boa. O sector intermédio agrada-me bastante com um longo carrossel onde ia ultrapassando bastantes atletas a descer e era ultrapassado por poucos a subir. Era também uma fase onde ia identificando muitos companheiros de estrada que iam com um andamento semelhante ao meu e fui procurando manter-me sempre a um ritmo forte. Sabia que no ano anterior tinha tido dificuldades em algumas partes desta zona e não queria que o mesmo acontecesse este ano. Sabia também que se queria fazer um tempo porreiro era aqui que não podia quebrar, sobretudo entre os 8 e os 11 quilómetros. E consegui. E de tão focado que ia que até me esqueci de tomar o gel que levava. Encarei aquela rampa malvada de garras afiadas e consegui nunca ter que parar para caminhar, mesmo que fosse a correr com passinhos curtos e pouco mais rápido do que quem estava efectivamente a andar.

Tinha feito contas ao tempo de prova que queria ter quando chegasse ao ponto mais alto da prova antes da descida frenética até ao Cabo da Roca e quando lá cheguei com menos 3 minutos que o planeado senti claramente que era o meu dia!


Era altura de dar o golpe final. Desço em estrada com uma leveza inversamente proporcional àquela com que desço em trail. Fui a voar por ali abaixo - dentro daquilo que é a minha velocidade, claro - mas sempre tentando não me cansar em excesso porque descer tanto tempo seguido também é difícil. Quando chego ao cruzamento da Azóia atirei um de vários "bora-lá-fazer-barulho-toca-a-bater-palmas-não-'tou-a-ouvir-nada" para o muito público que estava a assistir mas a resposta foi tímida ao contrário do que aconteceu já mais perto do Cabo da Roca onde as pessoas que estavam à beira da estrada ou no pátios das vivendas respondiam de forma positiva.

O dia fantástico de sol mostrava perfeitamente o oceano lá ao fundo. Tive saudades do nevoeiro do ano anterior, mas foi bom sentir o doce toque dos raios de sol (estão a ver, fala-se de Sintra e dá-me para clichés poéticos) no rosto e na pele. Consegui não quebrar naquela rampa estrategicamente colocada uns metros antes da meta e consegui não tropeçar e rebolar por ali abaixo no empedrado final. Acabei com um tempo que destrói por completo as marcas dos dois anos anteriores. Ainda sonhei em fazer na casa da hora e trinta, mas assim deixei margem para regressar em 2019 com objectivos renovados.


O Strava não chegou aos 16,945kms oficiais da prova. Parece-me que andei a cortar curvas qual carro de Fórmula 1 ou piloto de motociclismo. O RAI (ritmo ajustado à inclinação) que faz o acerto do ritmo mediante a elevação (seja ela positiva ou negativa) mostra que andei muito na casa dos 5:00/km e isso soa-me muito bem.

A tenda final foi palco para mais reencontros e para um rápido balanço do que tinha acabado de acontecer. Apesar das dificuldades, não encontrei ninguém desapontado com a sua prestação, antes pelo contrário. Parto rumo aos autocarros e a imagem que levo é de rostos felizes e muito sorridentes, imagem essa que ainda mantenho bem fixa na minha mente.

Parece então que lá terei que voltar para o ano. Que chatice! 

Prova nº 76 - Corrida Fim da Europa 2018 - 17km - 01:32:29